Infarmed aprovou dois novos medicamentos à base de canábis

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São agora seis preparações e soluções disponíveis nas farmácias. Novos fármacos alargam leque de doentes indicados para tratamento com canábis medicinal

Há duas novas preparações à base de canábis aprovadas este mês pelo Infarmed e que em breve entrarão em comercialização, disponíveis para compra em farmácias mediante prescrição médica. Os novos medicamentos recém-aprovados juntam-se a outros quatro, passando então a haver no mercado seis opções de canábis medicinal em Portugal. A novidade foi partilhada pelo Observatório Português de Canábis Medicinal (OPCM) com o Jornal de Notícias.

Carla Dias, presidente do observatório, afirma ser “mais uma conquista e resultado do trabalho que tem sido feito na área”. Os dois fármacos que agora se juntam à lista de canábis medicinal autorizada alargam o leque de doentes aos quais se pode prescrever este tratamento, sendo, “sem dúvida, um grande avanço no tratamento terapêutico de muitos pacientes em Portugal”, remata.

Mais abrangentes
Uma das preparações com luz verde do Infarmed durante este mês de julho é o Satalliv, da empresa licenciada Ferraz Lynce, com composição apenas de THC – no passado mês de março, a mesma solução oral tinha sido já aprovada pela mesma empresa mas com composição exclusiva de CBD. Este fármaco distingue-se pela flexibilidade de tratamento, uma vez que permitirá dosear em separado a quantidade de CBD e de THC necessários para cada pessoa.

A outra preparação agora autorizada é da farmacêutica canadiana Tilray, uma solução oral com igual parte de THC e de CBD, que Carla Dias explica que chegará a um grupo de doentes que até agora não estava abrangido pelos medicamentos já aprovados, por se tratarem de diferentes concentrações. “Será principalmente importante para quem sofre de dor crónica, que poderá ter agora um novo tratamento.”

Recorde-se que, até março, havia no mercado apenas um medicamento à base de canábis, tendo sido nesse mesmo mês aprovadas três novas soluções e preparações. Na altura, já Carla Dias, representante do OPCM, classificava o momento como “histórico”, reforçando agora a mesma ideia com o avançar de mais dois fármacos. A utilização de canábis para fins medicinais é autorizada em Portugal desde 2019, mas foi apenas em 2021 que o primeiro medicamento foi validado.

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Fonte: JN
Autor: Sara Sofia Gonçalves
Artigo Original: Clique Aqui
Foto: Reinaldo Rodrigues/Global Imagens