“Portugal tem nesta ocasião uma janela dourada para fazer exportação, criar emprego jovem fora das grandes cidades, e altamente qualificado, mas para isso é preciso formar quadros especializados para as necessidades objetivas desta indústria”, defendeu o especialista em farmacêutica industrial e membro do Board European Health Futures Forum, em declarações à agência Lusa.
No seu entender, este será o “grande valor competitivo” de Portugal nesta indústria “altamente regulamentada”.
“Portugal não é competitivo só pelo clima. Qualquer país na orla do Mediterrâneo e noutras zonas pode fazer cultivo destas plantas, e já estão a fazê-lo. Se queremos ser competitivos tem de ser por uma única matéria diferenciadora, ter técnicos altamente qualificados””, sustentou à Lusa.
Segundo o OPCM, as duas primeiras edições da Pós-Graduação, que já estão esgotadas, contam com alunos de todas as áreas relacionadas com o ciclo de produção da canábis para fins medicinais, desde o cultivo à extração, passando pelo armazenamento ou distribuição, entre muitas outras.
A primeira pós-graduação decorre de hoje até 14 de dezembro, arrancando a segunda edição em janeiro de 2020.
Rui Loureiro destacou a importância desta formação reconhecida na própria lei da canábis medicinal.
“É o nosso contributo para que Portugal tenha oportunidade de vingar nesta indústria exportadora e criadora de emprego jovem, qualificado e fora das grandes áreas urbanas”, onde boa parte das empresas tem projetos em análise ou em montagem.